Vivemos a era dos produtos improváveis. Em meio a tanta oferta e concorrência, o consumidor passou a buscar o que ninguém mais tem — o diferente, o curioso, o autêntico. É nesse contexto que os produtos excêntricos ganharam protagonismo no marketing digital. O que antes parecia uma aposta arriscada, hoje se transforma em fenômeno de engajamento e vendas.
Da banana adesiva que virou obra de arte em Miami ao travesseiro em formato de croissant que esgotou no TikTok, o sucesso desses itens vai muito além da aparência inusitada. O que realmente os impulsiona é a narrativa que os envolve — a história que desperta riso, desejo ou identificação.
Segundo um estudo da NielsenIQ, 60% dos consumidores globais afirmam preferir marcas que se destacam pela originalidade e propósito, mesmo que seus produtos não sejam convencionais. Isso mostra que o mercado do “diferente” deixou de ser marginal e passou a ser tendência.
Os produtos excêntricos são, antes de tudo, expressões culturais. E é no universo digital — veloz, visual e emocional — que eles encontram terreno fértil para viralizar.
Produtos excêntricos e o poder do inusitado
Os produtos excêntricos desafiam a lógica tradicional de mercado. Eles não nascem da necessidade, mas da curiosidade. São produtos que conversam com emoções, humor e identidade, mais do que com função.
A chave do sucesso está no storytelling. Um item que parece trivial pode se tornar irresistível se contar uma boa história. Um exemplo clássico é o Squatty Potty, um banquinho para banheiro que virou sucesso global após uma campanha hilária com unicórnios — e um faturamento de mais de 150 milhões de dólares.
Esses casos provam que o diferente vende, desde que seja bem comunicado. O público atual quer experiências, não apenas produtos. A excentricidade, quando autêntica, desperta conversas e cria vínculos.
A internet tornou o estranho atraente e o improvável, possível. No mundo digital, o inusitado é o novo luxo.
Estratégia e posicionamento: quando o marketing entende o excêntrico
O sucesso não é fruto do acaso — ele nasce de estratégias bem estruturadas e um posicionamento coerente. Empresas que apostam no inusitado precisam equilibrar humor e propósito para que a comunicação não se torne caricatura.
Nesse processo, o papel de uma agência de marketing é fundamental. É ela quem transforma ideias “fora da curva” em campanhas consistentes e rentáveis, estudando o comportamento do público, as tendências e o timing certo para viralizar.
As marcas que investem em produtos excêntricos costumam adotar uma estética de ruptura — cores vibrantes, narrativas ousadas e experiências sensoriais. Essa ousadia cria contraste com o mercado tradicional e desperta curiosidade imediata.
O desafio é manter o equilíbrio: o diferente precisa ser memorável, mas também funcional. A originalidade só se sustenta quando entrega valor real ao consumidor.
Em um mercado saturado, quem ousa ser excêntrico não foge da lógica — apenas cria a sua própria.
O erotismo do marketing e o sucesso dos produtos excêntricos adultos
Um dos segmentos mais emblemáticos para o sucesso dos produtos excêntricos é o mercado adulto. Itens que antes eram vistos com tabu agora dominam o universo digital, impulsionados por linguagem moderna, humor leve e empoderamento.
Aqui, o marketing digital para sex shop mostrou como a criatividade pode transformar preconceito em desejo. As marcas desse setor compreenderam que vender prazer é vender liberdade — e que autenticidade é o melhor gatilho de confiança.
Campanhas de sex shops inovadores usam cores suaves, design minimalista e comunicação inclusiva. Ao substituir o estigma pela estética, criam uma nova percepção social sobre prazer, autoestima e autocuidado.
Exemplos como a Lelo e a Satisfyer são provas disso: seus produtos conquistaram o mainstream por tratarem o desejo humano com respeito e estética refinada.
No digital, o erotismo consciente é marketing de sensibilidade. Ele mostra que o diferente pode ser revolucionário — e profundamente humano.
Som, emoção e o ritmo dos produtos excêntricos
Os produtos excêntricos não conquistam apenas pela aparência — mas também pelo som. A música tem o poder de tornar qualquer experiência memorável, e é aí que entra o conceito de music branding.
Marcas que exploram o som como identidade constroem vínculos emocionais com o público. Uma trilha sonora pode transformar um produto curioso em uma sensação instantânea. Pense no som de abertura da Netflix ou no toque do iPhone — ambos criam um reflexo emocional imediato.
O som reforça a narrativa. Um gadget que canta, um brinquedo que fala ou um jingle provocativo pode viralizar justamente por ser inesperado.
O music branding é a alma invisível das marcas excêntricas: traduz sensações, cria lembrança e humaniza o digital. E quanto mais humana for a marca, mais forte será sua conexão com o consumidor.
O som é, muitas vezes, o elo entre o riso e a lembrança — entre o produto e a emoção.
Da criatividade à estratégia: o futuro dos produtos excêntricos
O futuro dos produtos excêntricos pertence às marcas que conseguirem unir propósito, humor e autenticidade. O sucesso do diferente está em entender o timing cultural — saber quando a sociedade está pronta para rir, refletir ou se emocionar com uma ideia inesperada.
A tecnologia continuará sendo o grande motor dessa transformação, permitindo que microideias atinjam audiências globais. O excêntrico, quando bem posicionado, deixa de ser “estranho” e se torna tendência.
Pedro Amorim, Consultor de Negócios pela Estação Indoor, agência de marketing digital, destaca que os produtos excêntricos representam o equilíbrio perfeito entre criatividade e análise.
Segundo ele, o segredo está em usar o digital não apenas para chamar atenção, mas para construir conexão. Pedro reforça que o viral sem propósito é passageiro — mas quando há identidade e valor por trás, o excêntrico se torna icônico. Para ele, o futuro das marcas está em transformar curiosidade em comunidade.
O poder do diferente
Os produtos excêntricos ensinam que o sucesso não depende de agradar a todos, mas de emocionar alguns profundamente. Em um mundo saturado, o diferente é o que chama atenção — e o autêntico é o que permanece.
Esses produtos não vendem apenas objetos; vendem histórias, sensações e pertencimento. Eles provam que o consumidor não busca apenas utilidade, mas significado.
No fim, ser excêntrico é mais do que ser diferente — é ter coragem de ser original. E no marketing digital, a originalidade é o algoritmo mais poderoso de todos.